quinta-feira, 8 de abril de 2010

diários de viagem - desenhos do quotidiano, por eduardo salavisa


Seg 12 ABR, 21h45, encontro de Abril

Desde sempre, viajantes munidos de cadernos desenharam e escreveram sobre o que observavam e sobre aquilo que reflectiam. Para o percurso de alguns artistas os desenhos dessas viagens foram mesmo decisivos para o seu percurso artístico (Delacroix e Le Corbusier são dois bons exemplos). Mas também podemos desenhar no nosso dia-a-dia como se viajássemos – é uma boa maneira de nos iniciarmos ou de continuarmos na actividade do desenho. Autores contemporâneos, de várias profissões e actividades, desenham habitualmente em cadernos transportáveis, a que chamamos Diários de Viagem ou Diários Gráficos. Neste livro, 35 desses autores falam-nos dessa experiência e entreabrem-nos os seus cadernos. Ouvindo professores e alunos de vários níveis de escolaridade, compreendemos, por fim, como o Diário Gráfico, constitui uma ferramenta pedagógica fundamental, que estimula a capacidade de observar e de desenhar.

EDUARDO SALAVISA nasceu em Lisboa onde vive e trabalha. Andou pela Escola de Belas Artes de Lisboa onde se licenciou em Design de Equipamento por volta de 1980. Trabalhou em Design Industrial, concebendo algumas peças que depois eram produzidas, em reduzido número, e comercializadas. As que lhe deram mais gozo foram uns brinquedos de madeira. Devido a vários condicionalismos, o Design deixou-lhe algumas desilusões, dedicando-se mais à pintura. Fez algumas exposições, de pintura e de desenho, sendo sobretudo o desenho que o interessa pelo seu carácter experimental e por ser mais um processo que um resultado. Por esta razão começou a interessar-se pelos Diários de Viagem, ou Gráficos, pelo registo sistemático do quotidiano, pelo seu carácter lúdico e simultaneamente didáctico. É professor no ensino secundário na Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa. Além de fazer o seu próprio Diário, não só em viagem mas quotidianamente, estuda os de outros autores, utilizando-os nas suas aulas e nas de outros professores. Além de valer a pena comprar o livro, também se recomenda uma visita ao blogue

quarta-feira, 3 de março de 2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

1 km de cada vez, de Gonçalo Cadilhe




Gonçalo Cadilhe é o convidado da próxima sessão da comunidade de leitores da Velha-a-Branca que terá lugar no dia 1 de Março, às 21h45. A conversa decorrerá em torno do seu livro mais recente, 1 Km de cada vez.

GONÇALO CADILHE nasceu na Figueira da Foz em 1968. É licenciado em Gestão de Empresas mas depressa descobriu que o que lhe interessava se encontrava na direcção oposta. Despediu-se do emprego, da família e do país e começou a viajar e a escrever. É colunista do Expresso, ocasionalmente guia de viagens e ultimamente tem assinado documentários para a RTP2. Sem saber muito bem como se definir profissionalmente, reconhece no entanto um fio condutor a tudo o que faz na vida: o que quer que seja, é feito em viagem, pelos cantos mais espantosos do planeta.

Em 1 Km de cada vez, o seu livro mais recente, Gonçalo Cadilhe apresenta ao leitor impressões pessoais sobre as suas mais recentes andanças. Durante quinze meses, viajou sem pressas e sem datas por destinos tão fabulosos e longínquos como as Galápagos, o Sudeste Asiático, a América Central, a África Austral, a Polinésia, as Caraíbas ou a Oceânia. E de terra em terra, entre um abraço e uma despedida, o autor partilha com o leitor os encontros, os lugares, as leituras, os contratempos e as alegrias de uma viagem em slow-motion pelas estradas do planeta

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A Última Escala do Tramp Steamer, de Álvaro Mutis



A última escala do Tramp Steamer, de Álvaro Mutis, é o livro da próxima Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca, que se reunirá no dia 1 de Fevereiro, às 21h45, na Velha-a-Branca. A apresentação é de Elisa Maria Alves.

Elisa Maria Alves trabalha numa empresa distribuidora de produtos alimentares. Tem pena que os livros nem sempre sejam tratados com a sensibilidade com que está acostumada a ver serem tratados artigos de mercearia ou garrafeira.

Em A última escala do Tramp Steamer, de Álvaro Mutis, acompanhamos as aventuras e desventuras de Alción, um velho cargueiro em fim de vida, buscando cargas para transportar, em sítios tão diferentes como Helsínquia, a foz do Orinoco ou Lisboa. Ainda que não seja de carne e osso, o Alción é uma personagem comovente. Assistimos também à história de amor entre o seu capitão, o basco Jon Iturri, e a libanesa Warda. Elisa Maria Alves considera que o livro é uma metáfora da vida, e dos amores efémeros e impossíveis.

Álvaro Mutis – A última escala do Tramp Steamer, de Álvaro Mutis. Porto: Asa, 1993

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Cartas de Paris, de Eça de Queiroz


“‘Vir no jornal!’ Ter o seu nome impresso, citado no jornal! Eis hoje, para uma forte maioria dos mortais que vivem em sociedade, a aspiração e recompensa supremas”, escreveu Eça de Queiroz em Ecos de Paris. Em Janeiro, no dia 11, às 21h45, a comunidade de leitores da Velha-a-Branca reunir-se-á para conversar sobre os textos parisienses de Eça de Queiroz reunidos em Cartas de Paris (Lisboa: Livros do Brasil, 2000).

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Arlindo Fagundes na Palestina


Palestina, uma obra em dois volumes, Uma Nação Ocupada e Na Faixa de Gaza, da autoria de Joe Sacco, cartoonista e jornalista norte-americano, é o livro de Dezembro da comunidade de leitores da Velha-a-Branca. Arlindo Fagundes encarrega-se de a apresentar no dia 14 de Dezembro, às 21h45 na Velha-a-Branca. Arlindo Fagundes frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, e formou-se como realizador de cinema no Conservatoire Libre du Cinéma Français, em Paris. Ainda estudante, iniciou-se profissionalmente nas Artes Gráficas e no Design Gráfico. A estas actividades viriam a juntar-se mais tarde a Cerâmica e a Escultura.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Alexandra Lucas Coelho apresenta o seu Caderno Afegão


Alexandra Lucas Coelho virá ao leitores-da-velha apresentar o seu Caderno Afegão. Um Diário de Viagem. A sessão realiza-se no dia 2 de Novembro às 21h45.

O LIVRO
Este livro é um acto de coragem. É um acto de optimismo, também. Paul Theroux explica na introdução a O Velho Expresso da Patagónia que “os viajantes são essencialmente optimistas, ou então nunca iriam a lado nenhum”. É esse optimismo que permite a Alexandra Lucas Coelho afastar quaisquer receios com uma espécie de fatalismo paradoxalmente empreendedor: “não há nada a fazer”. Mesmo quando por instantes se lhe infiltra na mente a dúvida acerca do desconhecido que a certa altura a transporta, sabe-se lá para onde, numa terra onde “um estrangeiro é um acepipe”. “Não há nada a fazer.” E a viagem continua. Vamos com ela aos jardins de Babur. Descobrimos com ela – num país masculino, onde até na morgue há frigoríficos distintos para os cadáveres de homens e mulheres – a herança da extraordinária rainha Gowar Shad. Mergulhamos o olhar no azul intenso de Band-e-Amir, um milagre atribuído a Ali, primo e genro do Profeta, que continua a proporcionar a quem o visita os bens mais escassos num país em guerra: tranquilidade e alegria. Aquilo que aqui, a ocidente, a milhares de quilómetros de distância, é apenas um borrão sem nome, uma massa de ideias vagas e de lugares-comuns, geopolítica e geoestratégia, toma a forma de gente concreta, ganha contornos, espessura, rosto. O facto de Alexandra Lucas Coelho escrever tão bem faz o resto. É o meio de transporte em que viajamos por um lugar aonde, é quase certo, nunca iríamos de outro modo. | Carlos Vaz Marques

ALEXANDRA LUCAS COELHO nasceu em Dezembro de 1967, em Lisboa. Estudou teatro no IFICT e licenciou-se em Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa. Começou na rádio nos anos 80. Foi jornalista da RDP de 1991 a 1998, e desde então está no Público, onde editou os suplementos “Leituras” e “Mil Folhas”, co-editou a Cultura e actualmente integra a equipa Grandes Repórteres. Em 2001 começou a viajar regularmente pelo Médio Oriente e pela Ásia Central. Em 2005-2006 esteve seis meses em Jerusalém como correspondente. Foram-lhe atribuídos prémios de reportagem do Clube Português de Imprensa, Casa da Imprensa e o Grande Prémio Gazeta 2005. Em 2007, publicou Oriente Próximo (Relógio D’Água), narrativas jornalísticas entre israelitas e palestinianos. Caderno Afegão é o seu segundo livro.

Alexandra Lucas Coelho – Caderno Afegão. Um Diário de Viagem [Lisboa: Tinta-da-China, 2009]

As fotografias desta viagem estão no site de Caderno Afegão - www.cadernoafegao.tintadachina.pt

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Carlos Vaz Marques apresenta O Japão é um lugar estranho


A Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca regressa ao trabalho em Outubro, no dia 12, às 21h45. A partir de agora, e nos próximos meses, as leituras serão dedicadas a lugares - cidades, países, etc. Para começar: O Japão é um lugar estranho. Viagem de um pai com o seu filho ao país da manga e do anime, de Peter Carey. A obra será apresentada pelo seu tradutor, prefaciador e director da colecção da editora Tinta-da-China, Carlos Vaz Marques, que é também jornalista da TSF, autor do programa Pessoal e… Transmissível e chefe do Governo Sombra.

Escrito com a destreza narrativa de um romancista de créditos firmados (vencedor do Booker Prize por duas vezes), este livro traz em si, também, a urgência da reportagem e a capacidade de observação do melhor jornalismo. Revela-nos aquilo a que muita gente ainda não terá dado a atenção necessária: que há uma nova geração de adolescentes ocidentais a crescer, nesta primeira década do século XXI, sob a influência da cultura popular japonesa. Peter Carey conduz o filho e é conduzido (levando-nos a nós também nessa viagem) pelos labirintos de uma cultura cheia de códigos mais ou menos impenetráveis para um estrangeiro. Uma cultura bem mais transparente para um adolescente familiarizado com os universos da manga e do anime do que para um adulto à procura de uma chave que se revela quase sempre “lost in translation”. | Carlos Vaz Marques

segunda-feira, 6 de julho de 2009

livros para férias


Esta sessão dos Leitores-da-Velha será a última antes de férias. Por isso, tal como sucedeu no ano passado, terá um formato diferente. Em vez de uma conversa sobre um livro, cada um dos participantes fica convidado a apresentar as suas propostas de leitura para férias.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

José Palmeira apresenta obra de Lúcio Craveiro da Silva


A Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca recordará Lúcio Craveiro da Silva no próximo dia 1 de Junho. A evocação será feita por José Palmeira, professor de Ciencia Política e Relações Internacionais da Universidade do Minho, que apresentará Ser Português - Ensaios de Cultura Portuguesa (Braga: Centro de Estudos Humanísticos, 2000). Esta obra de Lúcio Craveiro da Silva permitirá ainda, obviamente, conversar sobre o que siginifica ser português. Antes de Lúcio Craveiro da Silva, foram tema das mais recentes conversas dos leitores da Velha-a-Branca Aristides de Sousa Mendes, Guy Debord, Marco Polo, António Lobo Antunes e Hélène Berr.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Aristides de Sousa Mendes – Um justo contra a corrente, de Miriam Assor


Foi, para usar o título do livro, um justo contra a corrente. Aristides de Sousa Mendes foi, por isso, um português exemplar. Salvou milhares de vidas. Uma carreira destruída e um fim de vida repleto de obstáculos foram o preço pago pelo gesto temerário. Aristides de Sousa Mendes é, em Portugal e no mundo, um dos mais eloquentes exemplos contra a banalização do mal. Merece, portanto, ser evocado. O lançamento do livro Aristides de Sousa Mendes – Um justo contra a corrente, de Miriam Assor (Guerra & Paz), é uma boa oportunidade para Rui Anahory, artista plástico, o vir recordar à Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca no dia 4 de Maio, às 21h45.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Panegírico, de Guy Debord


Panegírico, de Guy Debord (Lisboa: Antígona, 1995), é o livro de Abril da comunidade de leitores da Velha-a-Branca. Adolfo Luxúria Canibal encarrega-se de o apresentar no dia 6 de Abril, às 21h45.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Marco Pólo – Viagens


No dia 2 de Março, às 21h45, na Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca, Pedro Bacelar de Vasconcelos apresenta a obra: Marco Pólo – Viagens [Lisboa: Biblioteca Editores Independentes, 2008]. A difusão na Europa Medieval do relato de Marco Polo (1254/1324) acerca da sua extraordinária viagem pelos domínios do grande imperador Mongol, Cublai Cã, exerceu uma influência profunda na percepção dos europeus do séc. XIII de um mundo mais largo do que alguma vez sonharam... e na compreensão de si próprios. Este livro não podia, por isso, ser mais actual!

PEDRO BACELAR DE VASCONCELOS é Professor de Direito Constitucional, Direito Internacional e Direitos Humanos da Universidade do Minho, é responsável pela cooperação das Universidades portuguesas com a Universidade Nacional de Timor-Leste e o Coordenador Nacional do programa das Nações Unidas – Aliança das Civilizações.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Entrevistas com António Lobo Antunes, 1979-2007 - Confissões do Trapeiro


Entrevistas com António Lobo Antunes, 1979-2007 Confissões do Trapeiro – Edição de Ana Paula Arnaut (Coimbra: Almedina, 2008) é a leitura de Fevereiro da Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca. A apresentação é de Teresa Lima.

TERESA LIMA nasceu no Porto, em 1975, e licenciou-se em comunicação social, em Braga. Depois de uma passagem pela Rádio Universitária do Minho, foi jornalista na delegação de Braga do Público e free-lancer no Educare.pt. Actualmente, é Técnica de Arquivo na Câmara de Gondomar.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Hélène Berr – Diário


“No limiar deste livro, devemos agora calar-nos, escutar a voz de Hélène e caminhar a seu lado. Uma voz e uma presença que nos acompanharão toda a vida”. Assim termina o texto de Patrick Modiano que prefacia o Diário de Hélène Berr (Lisboa: D. Quixote, 2008), uma rapariga cuja coragem, rectidão e limpidez do coração Modiano exalta. O diário desta jovem judia, em Paris, sob a ocupação nazi, é a obra que, em Janeiro, no dia 12, às 21h45, fará companhia aos Leitores-da-Velha.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Spleen de Paris, de Charles Baudelaire


Spleen de Paris, de Charles Baudelaire, é a obra que José Miguel Braga leva à Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca, no próximo dia 3 de Novembro, às 21h45.

Sobre a obra, diz José Miguel Braga:
"O conjunto que hoje é conhecido como Spleen de Paris foi publicado em 1869, dois anos depois da morte de Charles Baudelaire. Os pequenos poemas em prosa estão vivos, fervem numa cidade doente, onde a flor do mal inscreve a sua aura e se liberta. E então oiço, como se estivesse a sós comigo ou nos reuníssemos para ler:

III ENLEVO

(…)
Voa
Longe destes miasmas mórbidos
Torna-te puro nessa atmosfera mais alta
E absorve a energia essência e divina O fogo
De um claro saboroso que paira nos espaços límpidos

Feliz
Aquele que com um golpe de asa vigoroso
Consegue alçar-se para os campos luminosos e serenos
Longe mas no seio das tristezas e das vastas mágoas
Que pesam tão pesadas sobre as existências de bruma
(…)

In, As Flores do Mal, trad. de Maria Gabriela Llansol (Lisboa: Relógio D’Água, 2003)

Lemos um livro na incerteza da transmissão histórica, supomos importâncias com seu ar de preocupação defunta e com o rigor do estudo naufragamos na observação ecdótica. Então procuramos uma velocidade que nos permita ouvir ainda o poema e quando chegamos é o poeta que se atreve a resumir a situação:

'Apesar do contributo de alguns célebres pedantes para a estupidez natural do homem, nunca me passou pela cabeça que a nossa pátria pudesse enveredar tão célere pela senda do progresso. O mundo actual adquiriu uma tão densa vulgaridade que o desprezo que revela pelo homem espiritual tomou a forma violenta de uma paixão.' In, Prefácio das Flores (para a 2ª ed. 1861) Op. Cit.

Numa reunião de leitores acontece o que houver. O Spleen de Paris é o estrondo de uma auréola que vem caindo desde o princípio deste absurdo que vem eliminando da nossa temporalidade a fruição do autêntico."

José Miguel Braga, professor entre a língua portuguesa e o corpo do actor. Publica pouco e agora, por razões que lhe escapam, escreve.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Quando o Sol Se Põe em Machu Pichu


Quando o sol se põe em Machu Pichu (Lisboa: Esfera do Caos, 2008) é o livro que Luís Novais, o autor, traz, no dia 6 de Outubro, às 21h45, à Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca.

LUÍS NOVAIS é licenciado em História. Foi, entre outras coisas, adjunto do ministro da Educação Couto dos Santos. Em 1994, fundou a Vector 21, uma empresa de software. Há dois anos, mudou de vida. Entregou a gestão da empresa a uma equipa de profissionais e dedicou-se exclusivamente a viajar e a escrever ficção. Até ao momento, escreveu três livros. O primeiro, Quando o sol se põe em Machu Pichu, foi publicado recentemente pela Esfera do Caos. É sobre ele que se conversará na primeira comunidade de leitores após as férias grandes.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

leituras para as férias


A próxima sessão da Comunidade de Leitores, a realizar no dia 7 de Julho, será a última antes de férias. Por isso, terá um formato diferente. Em vez de uma conversa sobre um livro, cada um dos participantes fica convidado a apresentar as suas propostas de leitura para férias. Para efeitos de divulgação, era excelente saber quem estará disponível para partilhar sugestões.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

o Diário de Etty Hillesum


De 1941 a 1943, em Amesterdão, uma jovem judia de 27 anos escreve um diário. O resultado: um documento extraordinário, tanto pela qualidade literária como pela fé que imana. Um fé indefectível no homem no preciso momento em que ela conhece os piores horrores, no campo de concentração de Westerbork onde se encontra.

Com uma liberdade que desconcerta o leitor, ela ousa abordar todas as questões da vida, do amor, da relação com Deus, narrando o seu próprio caminho de descoberta de imensas paisagens interiores, até então incógnitas.

“Sinto-me depositária de um precioso fragmento de vida com todas as responsabilidades que isso implica. Sinto-me responsável do sentimento grande e belo que a vida me inspira e que tenho o dever de tentar transportar intacto através desta época para atingir melhores dias”.


No dia 2 de Junho, Luís Marinho, sacerdote, levará este livro de Etty Hillesum, acabado de editar pela Assírio & Alvim, à Comunidade de Leitores-da-Velha. Como habitualmente, às 21h45.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Geometria Variável, de Nuno Júdice


Geometria Variável, de Nuno Júdice é o livro em discussão este mês que será apresentado por valter hugo mãe

segunda-feira, 7 de abril de 2008

As Novas Cartas Portuguesas


ANA GABRIELA MACEDO re-lerá com os Leitores-da-Velha um livro/poema/manifesto apaixonante: As Novas Cartas Portuguesas, editadas e apreendidas em vésperas da Revolução de Abril, como um grito que importava a todo o custo abafar, pela veemência do seu eco.

Minhas irmãs:
Mas o que pode a literatura? Ou antes: o que podem as palavras?
(...)
Que tempo? O nosso tempo. E que arma, que arma utilizamos ou desprezamos nós? Em que refúgio nos abrigamos ou que luta é a nossa enquanto apenas no domínio das palavras?

Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa – Novas Cartas Portuguesas. Lisboa: Publicações D. Quixote, 2001 (8.ª edição)

segunda-feira, 3 de março de 2008

As Cidades Invisíveis na Comunidade de Leitores


Soube pela primeira vez de um Calvino escritor a propósito de certas preferências semânticas dos autores pós-modernistas (Douwe W. Fokkema – História Literária, Modernismo e Pós-modernismo). “Labirinto”, uma dessas noções comuns, é conotada precisamente com As Cidades Invisíveis. Também me deixou curioso saber que “...os autores pós-modernistas escrevem sobre mundos concebíveis, pelo menos imagináveis, mas impossíveis, mundos que, assim nos diz a razão, só podem existir na nossa imaginação”.

A leitura da trilogia Os Nossos Antepassados, contacto inicial com a obra de Italo Calvino, excedeu essas expectativas, Seguiram-se Marcovaldo, Palomar e Cosmicómicas...

Escolhi As Cidades Invisíveis em detrimento de Se uma Noite de Inverno um Viajante, outro livro de características únicas, porque a moeda caiu com a cruz voltada para cima.

Marco Polo descreve uma ponte, pedra a pedra
– Mas qual é a pedra que sustém a ponte? – pergunta Kublai Kan
– A ponte não é sustida por esta ou por aquela pedra – responde Marco – mas sim pela linha do arco que elas formam.
Kublai Kan permanece silencioso, reflectindo. Depois acrescenta: – Porque me falas das pedras? É só o arco que me importa.
Polo responde: – Sem pedras não há arco.

Caberá a JOSÉ LUÍS ANTUNES GUIMARÃES, advogado por necessidade e conveniência, a tarefa de guiar a Comunidade de Leitores – que, aliás, ajudou a fundar – numa visita As Cidades Invisíveis no dia 3 de Março, às 21h30, na Velha-a-Branca.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Philip Roth na Comunidade de Leitores


Quando leu Pastoral Americana, a terra tremeu. É bem possível que este não seja o livro da sua vida, mas é, seguramente, um dos livros da sua vida, porque corporiza muitas das suas dúvidas e inquietações. Além disso, Pastoral Americana constituiu a porta de entrada para o universo Roth. Seguiram-se Casei com um Comunista e A Conspiração contra a América. Depois vieram O Animal Moribundo e O Complexo de Portnoy. E só então A Mancha Humana. O Teatro de Sabbath e Todo-o-Mundo aguardam a sua vez. Mas a Pastoral Americana foi o livro que a impeliu a ler, numa aula de francês, um fragmento de português (traduzido do inglês) perante uma plateia de atónitos alunos do ensino secundário. Fosse pelo que fosse, não se queixaram da originalidade...

ISABEL CORREIA, professora do 3.º ciclo e secundário, propõe Pastoral Americana à Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca. E, se todos fizerem o T.P.C., promete revelar o electrizante excerto que galvanizou o 11.º L...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Clarice Lispector na Comunidade de Leitores


Laços de Família, da escritora brasileira Clarice Lispector, é a obra de Janeiro da Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca. A apresentação deste livro de contos, editado em Portugal por Livros Cotovia, é de Carlos Mendes de Sousa e terá lugar no próximo dia 14 de Janeiro.

Laços de Família, afirma no posfácio da obra Carlos Mendes de Sousa, “é um dos mais extraordinários livros de contos escritos em língua portuguesa. [...] Situando-se numa zona de fronteira, a literatura de Clarice implica a exclusão de qualquer tipo de hierarquizações e propõe a instauração de um espaço de errância: não ser de nenhum lugar ou amplamente existir numa gravitação que é de todos os lugares”.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Albert Camus na Comunidade de Leitores


Albert Camus | O Avesso e o Direito seguido de Discursos da Suécia (Lisboa: Livros do Brasil, 2007)

No dia 10 de Dezembro de 1957, em Estocolmo, o escritor francês Albert Camus pronunciava um discurso na cerimónia em que lhe foi entregue o prémio Nobel de literatura. Cinquenta anos depois, o Discurso da Suécia (Lisboa: Livros do Brasil, 2007) é recordado por Eugénio Peixoto, professor universitário, na Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca. A ocasião será aproveitada para recordar a obra filosófica de Albert Camus e revisitar o tema da responsabilidade dos intelectuais.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

"The Book of Dave" na Comunidade de Leitores


Como resistir a um livro, folheado numa livraria de aeroporto, com a seguinte sinopse na contracapa: "E se um taxista demente de Londres chamado Dave Rudman escrevesse um livro ao seu filho para lhe dar alguns conselhos paternais? E se esse livro fosse enterrado em Hampstead e centenas de anos mais tarde, quando a subida do nível do mar colocou Londres debaixo de água, criasse uma nova religião? E se um homem decidisse pôr em causa a vida segundo Dave? E se Dave na verdade se tivesse enganado?"?

Marta Catarino, que dedica as suas horas de trabalho à inovação, transferência de tecnologia e a viajar, e os tempos livres à leitura, ao cinema e ao Sindicato de Poesia, não resistiu, e gostaria de partilhar, no próximo dia 5 de Novembro, o seu entusiasmo por The Book of Dave, de Will Self.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

"Nunca Me Deixes" na Comunidade de Leitores


"Nunca Me Deixes", do escritor britânico Kazuo Ishiguro (Lisboa: Gradiva, 2005), é o livro que Andréia Azevedo Soares, jornalista do Público e apresentadora do programa Quatro Vezes Ciência, exibido semanalmente pela RTPN, apresentará na Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca no dia 1 de Outubro, às 21h30.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O 11 de Setembro na Comunidade de Leitores


O 11 de Setembro é o tema em destaque no regresso de férias da Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca. No dia 10 de Setembro, portanto na véspera do 6.º aniversário do ataque ao World Trade Center, António Durães, actor e encenador, Arlindo Fagundes, autor de banda desenhada, e Eduardo Jorge Madureira, professor, levarão, para a Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca, O Arquitecto, de Rui Tavares (Lisboa: Tinta da China, 2007), In the Shadow of No Towers, de Art Spiegelman (New York: Pantheon Books, 2004) e 102 Minutos, de Jim Dwyer e Kevin Flynn (Barcarena: Presença, 2005).

O Arquitecto | Rui Tavares | Lisboa: Tinta-da-china, 2007
O arquitecto é Minoru Yamasaki, um norte-americano de origem japonesa, autor de duas obras que seriam reduzidas a escombros: o complexo habitacional de Pruitt-Igoe, em Saint Louis, objecto de demolição; e as torres gémeas do World Trade Center, em New York, alvo do ataque terrorista de 11 de Setembro de 2001. Sobre Minoru Yamasaki e as suas duas obras, fala O Arquitecto, uma peça de teatro de Rui Tavares, historiador de formação. A obra refere acontecimentos e personagens reais ? tal como, aliás, são reais as relações entre as personagens e os acontecimentos ? em diálogos imaginários.

In the Shadow of No Towers | Art Spiegelman | New York: Pantheon Books, 2004
No dia 11 de Setembro de 2001, acabado de sair de casa com a mulher, o desenhador Art Spiegelman, autor do célebre Maus, tem oportunidade de observar o que se passa alguns quarteirões abaixo: o embate do primeiro avião e a queda da Torre Norte do World Trade Center. O resultado de tal visão encontra-se em In the Shadow of No Towers.

102 Minutos | Jim Dwyer e Kevin Flynn | Barcarena: Presença, 2005
Os 102 minutos são os que decorreram entre o choque do primeiro avião contra a Torre Norte do World Trade Center e o desmoronamento da segunda torre. O que se passou entre as 8h46 e as 10h28 é o assunto deste livro da autoria de dois jornalistas do diário The New York Times. O relato reúne, designadamente, entrevistas com sobreviventes e conversas telefónicas dos que estavam nas torres com os seus familiares. A obra dá ainda conta das múltiplas falhas que concorreram para que o ataque às torres gémeas tivesse sido ainda mais mortífero.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

O Outro Pé da Sereia


A Comunidade, neste encontro de Julho, analisa o último livro do escritor Mia Couto, “O Outro Pé da Sereia”. Como convidadas estarão presentes Rosa Sil e Elena Brugioni.

Depois de uma pausa em Agosto e em Setembro, a Comunidade volta com muitas novidades e com um novo coordenador, Eduardo Jorge Madureira.

ROSA SIL é Professora Auxiliar na Universidade do Minho, tendo dedicado a sua tese de mestrado à obra de Fernando Pessoa e o doutoramento à geração angolana da Mensagem, de que resultou o livro C.E I. celeiro do sonho: geração da "mensagem" (2001). É analista de literaturas africanas;

ELENA BRUGIONI é licenciada em Letras Modernas pela Universidade de Bolonha. Elaborou a tese de licenciatura em Linguística Poética sobre métodos analíticos de cariz linguístico aplicáveis à escrita poética. Desde o início dos seus estudos universitários que se interessa pela Linguística Textual e Pragmática e pela Filosofia da Linguagem. Apaixonada pela escrita e sobretudo pela Poesia, publicou alguns textos poéticos numa das primeiras antologias de Poetry Slam publicada em Itália: Poeti Ad Alta Voce. Interessa-se muito pela Crítica e Teoria da Literatura, tendo publicado alguns trabalhos em diferentes revistas e sites de crítica literária. Vive em Braga desde Outubro de 2005, estuda Português e é doutoranda em Ciências da Literatura no ramo de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa no Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Os Cantos de Maldoror


"Queira o céu que o leitor, tornado audaz e momentaneamente feroz à semelhança do que lê, encontre, sem se desorientar, o seu caminho abrupto e selvagem através dos lodaçais desolados destas páginas sombrias e cheias de veneno." [primeiras linhas do Canto Primeiro]

A Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca apresenta “Os Cantos de Maldoror” de Isidore Ducasse - Conde de Lautréamont. A sessão conta com os convidados especiais Adolfo Luxúria Canibal e Miguel Pedro dos Mão Morta.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

O Diabo Tranquilo


"O Diabo Tranquilo", de Isabel Rio Novo e Daniel Maia-Pinto Rodrigues (2004)
Editora: Campo das Letras

"Chegados à curva, o pai parou por instantes, suspendendo o deslizar do carro pela estrada molhada. Dali viam-se casas, pinheiros, montes, e mais adiante o mar, como se fosse uma varanda sobre o mundo."

O que Isabel Rio Novo e Daniel Maia-Pinto Rodrigues nos propõem, em quatro narrativas muito cativantes e sugestivamente elípticas, é da ordem de uma trabalhada banalidade. Se há um diabo nestas páginas, ele tem razões para ficar tranquilo. Tranquilo como o predador que aposta na quase imobilidade, a fim de não espantar a caça. Quer-se dizer: disseminado na paisagem, no pan-demónio. Tranquilo porque disfarçado, confundido com a inocência de uma infância primaveril recuperada, uma adolescência estival, uma maturidade em férias de neve, uma velhice invernosa que assinaria de bom grado um pacto para regressar ao início.

ISABEL RIO NOVO nasceu no Porto em 1972. É Mestre em História da Cultura Portuguesa e Doutora em Literarura Comparada, pela Faculdade de Letras do Porto e docente no Instituto Superior da Maia e membro do Centro de Estudos de Língua, Comunicação e Cultura do ISMAI. É autora de ensaios críticos e obras académicas e colabora com textos literários em diversos jornais e revistas.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

José Afonso - Textos e Canções


TEXTOS E CANÇÕES - JOSÉ AFONSO, da Relógio D'Água

No ano em que se assinalam os 20 anos da morte de Zeca Afonso, a Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca dedica a sessão de Abril ao estudo dos textos deste autor. A sessão contará com a presença de Eduardo Pinheiro membro da Associação José Afonso. A Associação José Afonso é uma associação cultural e cívica, não confessional, formada em torno da memória e do exemplo de José Afonso, evocado no dia da apresentação pública ocorrida em 18 de Novembro de 1987, "enquanto artista-militante, expoente de cultura aberta e universalizante, combatente de todas as causas verdadeiramente solidárias, como Homem, enfim […]" | www.aja.pt

«A possibilidade de acesso à obra de um artista é a condição "material" para que ele nos seja presente; a publicação deste livro volta a permitir a descoberta do poeta José Afonso. A alteração mais importante que surge nesta edição reside numa nova sequência dos textos não musicados, e corresponde assim também ao desejo de José Afonso de ver publicada a sua obra poética de uma forma cronologicamente tão rigorosa quanto possível. Infelizmente, nem sempre pude corresponder a esse desiderato de forma indesmentível, já que o autor raramente datava os seus textos, e também porque, com a morte de Santos Barros, a identificação temporal dos poemas escritos entre Março e Agosto de 1981 (cerca de metade do corpus não musicado) se tornou impossível devido à sua dispersão no volume que aquele organizou. Mas o confronto com edições mais antigas dos textos de José Afonso, especialmente as coordenadas por Viale Moutinho (José Afonso, 1972 e 1975), em que são publicados poemas não musicados, bem como a datação de alguns textos, permitiram-me chegar a um critério cronológico fiável.»

segunda-feira, 5 de março de 2007

Xmas Qd Kiseres


A Comunidade de Leitores da Velha apresenta neste encontro o livro Xmas Qd Kiseres (Christmas quando quiseres), de Jorge Louraço Figueira.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Pena Capital de Mário Cesariny


A Comunidade de Leitores da Velha apresenta neste encontro o livro Pena Capital de Mário Cesariny. O convidado desta sessão é o jornalista Eduardo Jorge Madureira.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

A Nascente de Tinta


A Comunidade de Leitores da Velha apresenta neste encontro o livro A Nascente de Tinta, de Pedro Seromenho Rocha.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

O Remorso de Baltazar Serapião


A comunidade de Leitores da Velha-a-Branca apresenta "O Remorso de Baltazar Serapião", livro de valter hugo mãe em debate em mais um encontro.

Intriga, bruxaria, possessão, violência doméstica, remorso, amor – temas presentes na última obra de Valter Hugo Mãe, que retrata uma Idade Média «brutal e miserável» e recria poeticamente a língua arcaica e rude do povo. Na obra conhecemos Baltazar Serapião, o protagonista deste romance, e Ermesinda, que habitam um espaço e percorrem um tempo em que a vaca, animal de estimação, tem os mesmos direitos e deveres que a mulher. Ao longo do livro cruzamo-nos com senhores feudais, observamos ambientes hostis de lutas contínuas pela sobrevivência, assistimos a casamentos feitos e desfeitos, a ódios e amores, remorsos e rancores.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

"Trilogia de Nova Iorque" e "Cidade de Vidro"


Nesta sessão serão debatido dois livros do escritor Paul Auster,"Trilogia de Nova Iorque" e o recém-publicado "Cidade de Vidro" (em parceria com David Mazzuchelli e Paul Karasik), ambos editados pela Asa.

PAUL AUSTER nasceu em 1947 nos EUA, e possui já uma extensa obra ao nível da ficção, poesia, biografia e escrita para cinema. Em Maio deste ano, o autor foi galardoado com o Prémio Príncipe das Astúrias para as Letras, pela "renovação literária que levou a cabo ao unir o melhor das tradições norte-americana e europeia", bem como por "dar um testemunho esteticamente valioso dos problemas individuais e colectivos do nosso tempo.

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

"Os Meus Sentimentos" e "Campo de Sangue"


A Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca discute nesta reunião dois livros da escritora Dulce Maria Cardoso "Os Meus Sentimentos" e "Campo de Sangue", ambos da Asa.

DULCE MARIA CARDOSO nasceu em Trás-os-Montes, em 1964, na mesma cama onde haviam nascido a mãe e a avó. Tem pena de não se lembrar da viagem no Vera Cruz para Angola. Da infância guarda a sombra generosa de uma mangueira que existia no quintal, o mar e o espaço que lhe moldou a alma. Regressou a Portugal na ponte aérea de 1975. Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, escreveu argumentos para cinema, gastou tempo em inutilidades. Também escreveu contos. Tem fé, uma família, um punhado de amigos, o Blui e o Clude. Continua a escrever e a prezar inutilidades. Vive em Lisboa. O seu romance de estreia, Campo de Sangue, publicado em 2002 e escrito com o apoio de uma Bolsa de Criação Literária do Ministério da Cultura, foi distinguido com o Grande Prémio Acontece de Romance e encontra-se traduzido em França. Os respectivos direitos foram também adquiridos para a América Latina e Espanha, e para o Brasil – Companhia das Letras –, onde em breve será publicado. [retirado de www.asa.pt]

segunda-feira, 10 de julho de 2006

Uma História de Desamor Treze Vezes, de António Gregório


Nessa sessão será debatido e analisado o livro "Uma História de Desamor Treze Vezes", de António Gregório (Âmbar) | moderação a cargo do escritor valter hugo mãe

segunda-feira, 5 de junho de 2006

Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares


A Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca discute nesta reunião o livro "Jerusalém" de Gonçalo M. Tavares. A moderação cabe ao escritor e editor valter hugo mãe, e a sessão contará com um convidado surpresa.

Sobre este livro, disse Eduardo Lourenço: «Os seus "livros negros" já me tinham proporcionado uma felicidade de leitura que, porque rara, me anda a ser preciosa. Este Jerusalém eleva as suas qualidades à perfeição: uma invejável competência literária traz a ferocidade do enredo para uma escrita de beleza sóbria.»

GONÇALO M. TAVARES nasceu em Angola em Agosto de 1970. Foi Bolseiro do Ministério da Cultura com uma bolsa de Criação Literária para o ano 2000, na área de poesia. Em Dezembro de 2001 publicou a sua primeira obra: “Livro da dança”, na Assírio & Alvim. Recebeu o Prémio Branquinho da Fonseca da Fundação Calouste Gulbenkian e do jornal Expresso com a obra “O Senhor Valéry” (publicado na Editorial Caminho em 2002) e o Prémio Revelação de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, com “Investigações. Novalis” (Difel). Publicou “O homem ou é tonto ou é mulher” e “A colher de Samuel Beckett e outros textos”, ambos na Campo das Letras e adaptados para teatro. Está representado em antologias de poesia publicadas na Holanda («Hotel Parnassus, Poetry International 2002») e na Bélgica («Het laatste anker» - «O último refúgio - 300 poemas de todo o mundo sobre a morte», Lannoo/Atlas), e editado em revistas inglesas e americanas. Traduzido para italiano com um conto inserido na antologia «Racconti senza dogana» — «Jovens escritores para a nova Europa» (Gremese Editore). No grupo OuLIPO (França) foi realizada, em 2003, uma leitura de algumas histórias de “O Senhor Valéry” (com tradução e leitura de Jacques Roubaud). O Senhor Valéry foi traduzido para francês, com um prefácio de Jacques Roubaud, e editado em Setembro de 2003 na «Joie de Lire». Ainda em 2003 publicou “O Senhor Henri” (Caminho). O ano de 2004 assitiu ao crescimento do “Bairro” com o lançamento de “O Senhor Brecht” e “O Senhor Juarroz”. Publicou os romances: “Um homem: Klaus Klump”, em 2003 e “A máquina de Joseph Walser” (2004) na Caminho. Em 2005 publica, também na Editorial Caminho, a obra vencedora de dois prémios, “Jerusalém”: em 2004, do Prémio LER/Millenium BCP e, em 2005, do Prémio Literário José Saramago.

segunda-feira, 1 de maio de 2006

Couves & Alforrecas - Os Segredos da Escrita de Margarida Rebelo Pinto


A Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca convida-o à particiação nas suas actividades e iniciativas literárias. O encontro de Maio tem agendada a apresentação e análise do livro de Couves & Alforrecas - Os Segredos da Escrita de Margarida Rebelo Pinto de João Pedro Jorge. A entrada é livre, aberta ao público em geral, recomendando-se a prévia leitura da obra em análise.

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Berçário, de Rui Lage


A Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca convida-o à particiação nas suas actividades e iniciativas literárias. O encontro de Abril tem agendada a apresentação e análise do livro de poesia "Berçário" (Quasi Edições), de Rui Lage. O autor estará presente, bem como valter hugo mãe, moderador do encontro. A entrada é livre, aberta ao público em geral, recomendando-se a prévia leitura da obra em análise.

quarta-feira, 8 de março de 2006

o nosso reino


O Nosso Reino de valter hugo mãe
Editora - Temas e debates

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Criação da Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca

Dia 15 de Fevereiro, às 21h30, terá lugar a primeira reunião dos alunos do curso de Escrita Criativa com Valter Hugo Mãe para proceder à fundação da Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca.