segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Arlindo Fagundes na Palestina


Palestina, uma obra em dois volumes, Uma Nação Ocupada e Na Faixa de Gaza, da autoria de Joe Sacco, cartoonista e jornalista norte-americano, é o livro de Dezembro da comunidade de leitores da Velha-a-Branca. Arlindo Fagundes encarrega-se de a apresentar no dia 14 de Dezembro, às 21h45 na Velha-a-Branca. Arlindo Fagundes frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, e formou-se como realizador de cinema no Conservatoire Libre du Cinéma Français, em Paris. Ainda estudante, iniciou-se profissionalmente nas Artes Gráficas e no Design Gráfico. A estas actividades viriam a juntar-se mais tarde a Cerâmica e a Escultura.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Alexandra Lucas Coelho apresenta o seu Caderno Afegão


Alexandra Lucas Coelho virá ao leitores-da-velha apresentar o seu Caderno Afegão. Um Diário de Viagem. A sessão realiza-se no dia 2 de Novembro às 21h45.

O LIVRO
Este livro é um acto de coragem. É um acto de optimismo, também. Paul Theroux explica na introdução a O Velho Expresso da Patagónia que “os viajantes são essencialmente optimistas, ou então nunca iriam a lado nenhum”. É esse optimismo que permite a Alexandra Lucas Coelho afastar quaisquer receios com uma espécie de fatalismo paradoxalmente empreendedor: “não há nada a fazer”. Mesmo quando por instantes se lhe infiltra na mente a dúvida acerca do desconhecido que a certa altura a transporta, sabe-se lá para onde, numa terra onde “um estrangeiro é um acepipe”. “Não há nada a fazer.” E a viagem continua. Vamos com ela aos jardins de Babur. Descobrimos com ela – num país masculino, onde até na morgue há frigoríficos distintos para os cadáveres de homens e mulheres – a herança da extraordinária rainha Gowar Shad. Mergulhamos o olhar no azul intenso de Band-e-Amir, um milagre atribuído a Ali, primo e genro do Profeta, que continua a proporcionar a quem o visita os bens mais escassos num país em guerra: tranquilidade e alegria. Aquilo que aqui, a ocidente, a milhares de quilómetros de distância, é apenas um borrão sem nome, uma massa de ideias vagas e de lugares-comuns, geopolítica e geoestratégia, toma a forma de gente concreta, ganha contornos, espessura, rosto. O facto de Alexandra Lucas Coelho escrever tão bem faz o resto. É o meio de transporte em que viajamos por um lugar aonde, é quase certo, nunca iríamos de outro modo. | Carlos Vaz Marques

ALEXANDRA LUCAS COELHO nasceu em Dezembro de 1967, em Lisboa. Estudou teatro no IFICT e licenciou-se em Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa. Começou na rádio nos anos 80. Foi jornalista da RDP de 1991 a 1998, e desde então está no Público, onde editou os suplementos “Leituras” e “Mil Folhas”, co-editou a Cultura e actualmente integra a equipa Grandes Repórteres. Em 2001 começou a viajar regularmente pelo Médio Oriente e pela Ásia Central. Em 2005-2006 esteve seis meses em Jerusalém como correspondente. Foram-lhe atribuídos prémios de reportagem do Clube Português de Imprensa, Casa da Imprensa e o Grande Prémio Gazeta 2005. Em 2007, publicou Oriente Próximo (Relógio D’Água), narrativas jornalísticas entre israelitas e palestinianos. Caderno Afegão é o seu segundo livro.

Alexandra Lucas Coelho – Caderno Afegão. Um Diário de Viagem [Lisboa: Tinta-da-China, 2009]

As fotografias desta viagem estão no site de Caderno Afegão - www.cadernoafegao.tintadachina.pt

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Carlos Vaz Marques apresenta O Japão é um lugar estranho


A Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca regressa ao trabalho em Outubro, no dia 12, às 21h45. A partir de agora, e nos próximos meses, as leituras serão dedicadas a lugares - cidades, países, etc. Para começar: O Japão é um lugar estranho. Viagem de um pai com o seu filho ao país da manga e do anime, de Peter Carey. A obra será apresentada pelo seu tradutor, prefaciador e director da colecção da editora Tinta-da-China, Carlos Vaz Marques, que é também jornalista da TSF, autor do programa Pessoal e… Transmissível e chefe do Governo Sombra.

Escrito com a destreza narrativa de um romancista de créditos firmados (vencedor do Booker Prize por duas vezes), este livro traz em si, também, a urgência da reportagem e a capacidade de observação do melhor jornalismo. Revela-nos aquilo a que muita gente ainda não terá dado a atenção necessária: que há uma nova geração de adolescentes ocidentais a crescer, nesta primeira década do século XXI, sob a influência da cultura popular japonesa. Peter Carey conduz o filho e é conduzido (levando-nos a nós também nessa viagem) pelos labirintos de uma cultura cheia de códigos mais ou menos impenetráveis para um estrangeiro. Uma cultura bem mais transparente para um adolescente familiarizado com os universos da manga e do anime do que para um adulto à procura de uma chave que se revela quase sempre “lost in translation”. | Carlos Vaz Marques

segunda-feira, 6 de julho de 2009

livros para férias


Esta sessão dos Leitores-da-Velha será a última antes de férias. Por isso, tal como sucedeu no ano passado, terá um formato diferente. Em vez de uma conversa sobre um livro, cada um dos participantes fica convidado a apresentar as suas propostas de leitura para férias.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

José Palmeira apresenta obra de Lúcio Craveiro da Silva


A Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca recordará Lúcio Craveiro da Silva no próximo dia 1 de Junho. A evocação será feita por José Palmeira, professor de Ciencia Política e Relações Internacionais da Universidade do Minho, que apresentará Ser Português - Ensaios de Cultura Portuguesa (Braga: Centro de Estudos Humanísticos, 2000). Esta obra de Lúcio Craveiro da Silva permitirá ainda, obviamente, conversar sobre o que siginifica ser português. Antes de Lúcio Craveiro da Silva, foram tema das mais recentes conversas dos leitores da Velha-a-Branca Aristides de Sousa Mendes, Guy Debord, Marco Polo, António Lobo Antunes e Hélène Berr.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Aristides de Sousa Mendes – Um justo contra a corrente, de Miriam Assor


Foi, para usar o título do livro, um justo contra a corrente. Aristides de Sousa Mendes foi, por isso, um português exemplar. Salvou milhares de vidas. Uma carreira destruída e um fim de vida repleto de obstáculos foram o preço pago pelo gesto temerário. Aristides de Sousa Mendes é, em Portugal e no mundo, um dos mais eloquentes exemplos contra a banalização do mal. Merece, portanto, ser evocado. O lançamento do livro Aristides de Sousa Mendes – Um justo contra a corrente, de Miriam Assor (Guerra & Paz), é uma boa oportunidade para Rui Anahory, artista plástico, o vir recordar à Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca no dia 4 de Maio, às 21h45.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Panegírico, de Guy Debord


Panegírico, de Guy Debord (Lisboa: Antígona, 1995), é o livro de Abril da comunidade de leitores da Velha-a-Branca. Adolfo Luxúria Canibal encarrega-se de o apresentar no dia 6 de Abril, às 21h45.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Marco Pólo – Viagens


No dia 2 de Março, às 21h45, na Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca, Pedro Bacelar de Vasconcelos apresenta a obra: Marco Pólo – Viagens [Lisboa: Biblioteca Editores Independentes, 2008]. A difusão na Europa Medieval do relato de Marco Polo (1254/1324) acerca da sua extraordinária viagem pelos domínios do grande imperador Mongol, Cublai Cã, exerceu uma influência profunda na percepção dos europeus do séc. XIII de um mundo mais largo do que alguma vez sonharam... e na compreensão de si próprios. Este livro não podia, por isso, ser mais actual!

PEDRO BACELAR DE VASCONCELOS é Professor de Direito Constitucional, Direito Internacional e Direitos Humanos da Universidade do Minho, é responsável pela cooperação das Universidades portuguesas com a Universidade Nacional de Timor-Leste e o Coordenador Nacional do programa das Nações Unidas – Aliança das Civilizações.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Entrevistas com António Lobo Antunes, 1979-2007 - Confissões do Trapeiro


Entrevistas com António Lobo Antunes, 1979-2007 Confissões do Trapeiro – Edição de Ana Paula Arnaut (Coimbra: Almedina, 2008) é a leitura de Fevereiro da Comunidade de Leitores da Velha-a-Branca. A apresentação é de Teresa Lima.

TERESA LIMA nasceu no Porto, em 1975, e licenciou-se em comunicação social, em Braga. Depois de uma passagem pela Rádio Universitária do Minho, foi jornalista na delegação de Braga do Público e free-lancer no Educare.pt. Actualmente, é Técnica de Arquivo na Câmara de Gondomar.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Hélène Berr – Diário


“No limiar deste livro, devemos agora calar-nos, escutar a voz de Hélène e caminhar a seu lado. Uma voz e uma presença que nos acompanharão toda a vida”. Assim termina o texto de Patrick Modiano que prefacia o Diário de Hélène Berr (Lisboa: D. Quixote, 2008), uma rapariga cuja coragem, rectidão e limpidez do coração Modiano exalta. O diário desta jovem judia, em Paris, sob a ocupação nazi, é a obra que, em Janeiro, no dia 12, às 21h45, fará companhia aos Leitores-da-Velha.